Na tarde desta terça-feira, o presidente Giovanni Luigi reuniu a imprensa para uma entrevista coletiva que durou cerca de 20 minutos. O dirigente, apesar da decisão da Justiça, manteve a confiança de que o clube não precisará atuar em outro local:
- A casa do Inter é o Beira-Rio e nós lutaremos por isso. Sensibilizaremos o judiciário com todas as medidas que estamos tomando.
O dirigente afirmou que o clube está tomando cuidado com todos os procedimentos para evitar riscos ao torcedor que vai ao estádio. Ressaltou que a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros realizam uma análise a cada jogo. E, em todos, têm dado o aval que o Beira-Rio precisa para receber as partidas. As inspeções ocorrem, inclusive, poucas horas antes de abrir os portões.
- Nosso torcedor não teve qualquer tipo de problema desde que as obras começaram.
Para garantir a segurança, o Inter criou uma brigada de incêndio provisória e também contratou funcionários específicos para dias de jogos.Questionado sobre a opinião do juiz João Ricardo dos Santos Costa, que teme por "uma tragédia em uma situação extraordinária", por conta dos detritos, o presidente foi taxativo:
- Os entulhos sempre estão protegidos. Se tiver um microfone solto, não sai jogo.
De acordo com o departamento jurídico, o Inter entrará com o recurso para reverter a decisão da Justiça até quinta-feira. Luigi nem cogita a possibilidade de atuar sem público no Beira-Rio, mas deixa em aberto a possibilidade de utilizar apenas o anel superior.
Com o tempo de aliado, o presidente acredita que o Colorado não precisará mandar nenhum jogo fora de sua casa. Ele espera que o clube obtenha a liminar até o dia 7 de julho, quando o Inter recebe o Cruzeiro:
- Eu acredito que vamos jogar contra o Cruzeiro no Beira-Rio.
O Beira-Rio segue em fase de demolição do quadrante inferior C. Atualmente, 75% das inferiores está em fase de obras. Mesmo assim, a direção acredita que os demais 25% possam ser utilizados.
- Nós fizemos mais até do que nos foi solicitado. Há vários exemplos em estádios europeus que receberam jogos com obras em andamento e nunca houve problema algum – frisou o diretor de patrimônio, Hélio Giaretta.
Uma das questões lamentadas pela direção foi o fato do Ministério Público não ter feito mais solicitações ao clube para garantir a utilização do estádio. O discurso é que qualquer medida será tomada para que o futebol e os torcedores não saiam prejudicados com a interdição.
Fonte: GloboEsportes
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