QUANDO TEVE A IDEIA DE INVENTAR A COR DA PAIXÃO, DEUS INVENTOU O VERMELHO E, COM ESSA COR, PINTOU NOSSOS CORAÇÕES... (da amiga e colorada Rosane)

sábado, 11 de agosto de 2012

MEU JOGO INESQUECÍVEL: MURILO E GUSTAVO VENCEM APOSTA




A expectativa pelo primeiro título da Libertadores do Inter era enorme. Mas, pela agenda apertada do vôlei profissional, estar entre os mais de 50 mil torcedores presentes no Beira-Rio na noite de 16 de agosto de 2006 era inviável. A distância, restou aos colorados Gustavo e Murilo esquentarem o pré-jogo com uma aposta com o são-paulino Rodrigão. E, com a colaboração de Fernandão e do goleiro Rogério Ceni, a família Endres pôde comemorar a inédita conquista da América e jantar em uma churrascaria no Rio de Janeiro sem pagar a conta.
A paixão pelo Colorado surgiu ainda antes da paixão pelo vôlei, esporte que virou profissão para Gustavo e Murilo. Na infância em Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul, os dois se juntavam contra o irmão do meio, Eduardo, único gremista da família. Longe da capital, porém, não cultivaram o hábito de ir ao estádio. Já adultos, com a intensa rotina de viagens para defender seus clubes e a seleção brasileira, seguiram acompanhando o Inter pela televisão e pela internet.

Concentrados no Rio de Janeiro, os irmãos acompanharam todas as notícias que antecederam a partida. Na quarta-feira decisiva, uma semana após a vitória por 2 a 1 no Morumbi, decidiram assistir ao jogo em uma churrascaria com o meio de rede Rodrigão, são-paulino que acreditava na virada. O trio deixou o treino comandado pelo técnico Bernardinho com uma aposta feita: o perdedor pagaria a despesa no restaurante.
- Estávamos treinando no Rio de Janeiro e resolvemos ver o jogo em uma churrascaria, tinha um telão legal. Ai surgiu a aposta. Foi muito bom poder zoar o Rodrigão depois – lembrou Murilo.
Os detalhes da partida em si estão mais vivos na memória de Gustavo. O irmão mais velho ficou marcado por momentos extremos do confronto. O primeiro gol, ainda no primeiro tempo, e a vibração dos torcedores ao som do apito final.


- O que me vem à cabeça com mais força é aquela falha do Rogério Ceni, e o Fernandão botando para dentro do gol, além da torcida colorada explodindo no fim do jogo. Foi um sufoco, um 2 a 2 muito disputado, com vários gols. Realmente foi muito emocionante. Jogar contra um time brasileiro na final deu uma dimensão muito maior para esse título.

O erro de Ceni veio em uma cobrança de falta do lado direito do ataque colorado. O goleiro tricolor soltou a bola na pequena área e não teve reação quando Fernandão se esticou todo para abrir o placar. Os então comandados de Muricy Ramalho empataram o jogo logo no início da segunda etapa, mas o capitão colorado venceu mais um duelo contra o dono da meta rival. Ceni rebateu uma finalização do atacante, que pegou o rebote e cruzou na medida para Tinga, de cabeça, fazer a alegria da torcida. Lenílson ainda marcou para os visitantes, mas a igualdade bastava para garantir o título continental.


- No Beira-Rio, contra eles, eram três pontos certos para nós. Mas não demos sorte. Com duas bolas na trave e um pênalti defendido realmente fica difícil – disse o meio de rede, que assistiu à partida no hotel em que a seleção está hospedada em Cuiabá, onde o Brasil disputava o Campeonato Sul-Americano.
Se a última partida não deixou Gustavo lá muito animado, o atual comando colorado deixa o torcedor esperançoso, principalmente pelo retorno de Fernandão ao clube, agora na função de treinador.
- Acho uma boa ter um ídolo de volta ao clube. Pelo que me falaram, é um cara muito
inteligente, um cara que vai melhorar ainda mais o Inter. 




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