QUANDO TEVE A IDEIA DE INVENTAR A COR DA PAIXÃO, DEUS INVENTOU O VERMELHO E, COM ESSA COR, PINTOU NOSSOS CORAÇÕES... (da amiga e colorada Rosane)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O DESABAFO DE ABBONDANZIERI...


A reserva na Libertadores apressou a aposentadoria do goleiro Pato Abbondanzieri. Em conversa com torcedores gravada em vídeo depois da disputa do terceiro lugar no Mundial de Clubes, o goleiro argentino revelou que tinha a intenção de atuar por mais dois anos ainda. Pouco depois de sua despedida oficial do futebol, em tom educado, Pato ainda falou sobre todos os goleiros e defendeu Renan:

– Ele tem algo que eu não tinha: mais presença, sabe tirar o ângulo do atacante. Faz isso muito bem – disse, em vídeo gravado pelo colorado Louis Schroder, do Blog Vermelho.

 No início de 2010, após ser colocado no banco de reservas Xeneize, Abbondanzieri deixou La Bombonera e desembarcou no Beira-Rio. Foi recebido com festa no aeroporto Salgado Filho.

Durante todo o período em que Jorge Fossati treinou o Inter, o argentino foi o titular, mesmo contestado por parte da imprensa e de uma parcela da torcida. Apesar disso, teve um papel fundamental na campanha da Libertadores, principalmente na partida contra o Deportivo Quito, quando fez o árbitro colombiano José Buitrago reverter o pênalti que marcara erroneamente.

– O Fossati queria que eu jogasse.

Após Roth assumir o time no lugar de Fossati, o argentino foi titular nos primeiros quatro jogos. O dia 21 de julho, na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG pelo Brasileirão, foi o último da sequência. Pato não questionou a saída na época. Mas, no vídeo, deixou transparecer a mágoa por ter sido colocado no banco.

– Quando o Celso me tirou da Copa Libertadores, aquilo foi uma grande decepção. Parece que não gostou da minha cara (gesticulando). E eu não pude falar nada.

Apesar de sair do time após a chegada do novo técnico, o argentino declarou que não sabia se a decisão era de Roth ou da direção. Pato criticou a diretoria por entender que ela o contratou sem conhecer a sua maneira de atuar:

– Se não gostava do meu estilo de jogo, não deveria ter me trazido.

Embora assegure desconhecer os motivos que o retiraram do time, o baque com a saída do time na etapa final do torneio sul-americano o fez repensar a continuidade de sua carreira:

– Se tivesse jogado a final da Libertadores, ficaria um ou dois anos mais. Poderia jogar mais dois anos no Inter, fácil. Mas o futebol é negócio...

Abbondanzieri também deu detalhes sobre os bastidores do futebol. Segundo ele, os empresários têm muita influência nos clubes, chegando até a escalar atletas:

– Os torcedores nunca sabem o que ocorre dentro do futebol. Quando um representante do jogador o coloca em uma equipe, deve jogar.

Pato ainda comentou o que o Inter representou em sua carreira. Mesmo chegando a seu último ano e já como jogador consagrado, o argentino fez questão de agradecer o carinho da torcida e a oportunidade recebida:

– O Inter foi muito importante. A torcida gritar “Pato, Pato”... Além de ter sido a última equipe onde venci e joguei uma Libertadores.

Questionado sobre quem seria o melhor goleiro entre os remanescentes, evitou polemizar. Fez questão de elogiar os ex-companheiros. Afirmou que tanto Renan quanto Muriel e Lauro são muito trabalhadores, mas deu a entender que preferia Lauro como o novo camisa 1:

– Eu gosto muito do Lauro. Gosto da maneira como trabalha e é um bom goleiro.

Abbondanzieri deixou o futebol com um currículo invejável: quatro Libertadores, dois Mundiais, duas Sul-Americanas, uma Recopa e seis Argentinos, além de ter disputado a Copa da Alemanha em 2006. Pato fez história no Boca Juniors, junto com Riquelme, Palermo, seu grande amigo, Guillermo Barros Schelotto, Schiavi, "Cata" Diaz, Battaglia, Ibarra, Morel Rodriguez e Rodrigo Palácio.

Via Clicesportes

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