QUANDO TEVE A IDEIA DE INVENTAR A COR DA PAIXÃO, DEUS INVENTOU O VERMELHO E, COM ESSA COR, PINTOU NOSSOS CORAÇÕES... (da amiga e colorada Rosane)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

FAROESTE COLORADO

Imagine a situação. Um articulador adversário recebe a bola pelo meio e decide partir na direção do gol defendido por Lauro. De repente, surge Guiñazu na frente dele. Já é um problemão. Mas o atleta, bom de bola, consegue deixar o argentino do Inter para trás. Aí aparece Magrão, que nunca, sob hipótese alguma, está de brincadeira. Só que o articulador, em grande jornada, também se livra do volante. Aí ele respira aliviado e pensa que está mais perto do gol. Ledo engano. Para chegar lá, ele ainda terá que passar pelo faroeste da zaga colorada. Um soldado, um general, um xerife e um índio formam uma defesa que se solidificou e está há três jogos sem levar gols. Parece o forte apache, um dos brinquedos mais clássicos dos anos 80. O cargo dos jogadores vem de apelidos do passado ou de brincadeiras entre eles.
Fabiano Eller é chamado de soldado no Beira-Rio desde a primeira passagem pelo Inter. Bolívar foi apelidado de general por torcedores. Tem até música assim. Sorondo, na verdade, não é chamado de xerife, mas a presença do uruguaio, especialmente como líbero, justifica a expressão. Ele costuma cortar todas por cima. E o índio... bom, o índio é o Índio. Simples assim. Os jogadores se divertem com a situação. Bolívar tira sarro do amigo Fabiano Eller, de cargo inferior no faroeste vermelho. - General manda no soldado. Ele tem que bater continência para mim – disse Bolívar. - Pô, vou ter que respeitar a hierarquia mesmo – respondeu Eller. A história de Índio, Fabiano Eller e Bolívar está ligada aos recentes títulos do Inter. Os três estiveram juntos na conquista da Libertadores. Índio era reserva, mas jogou a final, contra o
São Paulo. No Mundial, já sem Bolívar, o Colorado bateu o Barcelona com Índio e Fabiano Eller lado a lado. Na Sul-Americana, foi a vez de Bolívar e Índio atuarem juntos, com o primeiro como lateral direito. Sorondo chegou em 2007 e foi prejudicado por repetidas lesões. Não teve a mesma sequência dos colegas, mas também é admirado pela torcida. Recentemente, se naturalizou brasileiro. Fabiano Eller “roubou” o posto de soldado de um ex-colega. A brincadeira começou com Fabinho, atualmente no Fluminense. - Ele chamava todo mundo de soldado, mas era meio tímido. Eu sou muito mais bagunceiro, aí comecei a falar também. Quando vi, eram as pessoas que estavam me chamado de soldado – lembrou Eller. Para Bolívar, o apelido de general é motivo de orgulho. Em dias de jogos, ele ganha motivação ao ouvir a torcida cantando a música em homenagem a ele. - Adoro. Eu cresço uns dez centímetros quando ouço isso. Acho muito bacana mesmo. General é um posto importante, de comando, e eu gosto de me impor dentro de campo. É um orgulho para mim. Soldado arruma a zaga Brincadeiras à parte, o fato mais importante é que a zaga do Inter, com ou sem apelidos, mostra uma força que ainda não tinha encontrado no Brasileirão. São três jogos sem levar gols. Não é coincidência que o jejum positivo tenha começado com a reestreia de Fabiano Eller, buscado pelo Inter no Santos.
- Além da qualidade dele, existe esse conhecimento que a gente já tinha de antes. O Eller já conhecia os colegas, menos o Sorondo, e isso ajudou bastante – comentou Bolívar. Fabiano Eller enche os colegas de elogios. Para ele, uma zaga não precisa ser formada por jogadores toscos. - Dizem que a dupla precisa ser com um jogador de técnica e outro “botinudo”. Pode ser com dois técnicos. No Inter, todos são jogadores de qualidade. Alguns têm um pouco mais de força, mas todos sabem jogar – opinou o soldado. O mais interessante na composição da defesa é que Tite pode fazer uma espécie de rodízio com o quarteto, trocando as peças em caso de suspensões e lesões sem prejudicar a equipe. Contra o
Goiás (goleada de 4 a 0), no 3-5-2, jogaram Índio, Bolívar e Fabiano Eller. Diante do Atlético-MG (vitória de 3 a 0), o esquema de três defensores voltou a ser o escolhido, mas com Bolívar, Sorondo e Eller. No segundo tempo
- Além da qualidade dele, existe esse conhecimento que a gente já tinha de antes. O Eller já conhecia os colegas, menos o Sorondo, e isso ajudou bastante – comentou Bolívar. Fabiano Eller enche os colegas de elogios. Para ele, uma zaga não precisa ser formada por jogadores toscos. - Dizem que a dupla precisa ser com um jogador de técnica e outro “botinudo”. Pode ser com dois técnicos. No Inter, todos são jogadores de qualidade. Alguns têm um pouco mais de força, mas todos sabem jogar – opinou o soldado. O mais interessante na composição da defesa é que Tite pode fazer uma espécie de rodízio com o quarteto, trocando as peças em caso de suspensões e lesões sem prejudicar a equipe. Contra o Goiás (goleada de 4 a 0), no 3-5-2, jogaram Índio, Bolívar e Fabiano Eller. Diante do Atlético-MG (vitória de 3 a 0), o esquema de três defensores voltou a ser o escolhido, mas com Bolívar, Sorondo e Eller. No segundo tempo, o sistema passou para o 4-4-2, e Bolívar virou lateral-direito. Ele seguiu na função nos 2 a 0 sobre o Avaí, com Índio e Fabiano Eller na zaga. Na próxima rodada, o soldado será acompanhado por Sorondo, já que Índio e Bolívar estão suspensos.Globo Esportes

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