Na noite da festa do centenário do Inter, dia 4 de abril, lá estava Escurinho, alinhado em um terno de linho branco e um sorriso largo orgulhoso pelo convite do clube. Era a chance de rever ex-companheiros do time multicampeão dos anos 70, e ele não perderia a oportunidade de exibir a velha elegância. No Gigantinho, local da festa, Paulo Roberto Falcão o avistou e o cumprimentou efusivamente:– Adivinhe quem chegou?Escurinho identificou de pronto o amigo pela voz, mas não podia enxergá-lo. Logo os dois que construíram um dos gols mais belos do futebol brasileiro em uma tabela de cabeça durante a semifinal do Brasileirão de 1976, contra o Atlético-MG, em um Beira-Rio enlouquecido.Agora, diabético e dependente de hemodiálise, a visão de Escurinho se resume a sombras.Na noite do centenário, ele ainda reencontrou alguns velhos parceiros, mas curtiu pouco a festa. Por volta das 23h, sentiu-se mal e foi removido para o Hospital de Pronto Socorro (HPS). Perdeu o restante da homenagem e nem conseguiu falar com seu ex-técnico Rubens Minelli e outros companheiros do passado.Sua saúde tem se agravado nos últimos dias, e atualmente Luiz Carlos Machado, 59 anos desde janeiro, está internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Será submetido a uma cirurgia de amputação de parte da perna direita devido a sérias complicações provocadas por insuficiência renal e diabetes. Não há data definida. Neste momento os médicos estão mais preocupados em debelar problemas clínicos mais graves que o levaram ontem a respirar por aparelhos. Desde fevereiro, ele trata o sistema vascular da perna. Chegou a perder parte do pé, mas não foi suficiente.– Ele já tinha passado por uma revascularização, por isso decidimos agora pela amputação – explicou o cirurgião vascular Ricardo Berger Soares, do Hopital de Clínicas.Escurinho integrou o time de craques como Falcão, Carpegiani, Figueroa e Valdomiro. Consagrou-se por entrar ao final das partidas e garantir a vitória com fulminantes gols de cabeça. Tornou-se o símbolo do Inter e o terror do Grêmio.É considerado o maior cabeceador dos cem anos do Inter com o seu 1m84cm de altura. No período de 70 a 77, sagrou-se heptacampeão gaúcho e bicampeão brasileiro. Como na época de ídolo, ainda hoje sonha em ser compositor e gravar um CD.Por ironia, o caso de Escurinho lembra o destino de Sérgio Galocha, o Luís Sérgio Ferreira, 60 anos, seu antigo companheiro de Inter, ambos meia-atacantes da primeira geração do Beira-Rio. Sérgio também era diabético, perdeu parte da perna nos anos 90, mas conseguiu estabilizar a doença. Hoje vive com prótese.Jones Lopes da Silva, ZERO HORA,17/04/2009
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