Lucimar Ferreira da Silva chegou a Porto Alegre em 1997 para jogar nas categorias de base do Inter. Foi promovido aos profissionais, se destacou e deu início a uma carreira que culminaria em títulos de Copa do Mundo, Campeonatos Alemães, Campeonato Italiano e Liga dos Campeões. Treze anos depois de sua saída do Distrito Federal, onde nasceu, e 10 anos depois de deixar o país, o zagueiro da Inter de Milão pode ser adversário do clube gaúcho no Mundial de Clubes.
Da Itália, Lúcio falou sobre este possível confronto, sobre a importância do Mundial na Europa e sobre seus planos na Seleção. Confira os principais trechos da entrevista:
clicEsportes — Qual foi a sua reação ao saber que o representante sul-americano no Mundial será o Inter?
Lúcio — Não foi surpresa porque eu sabia que o Inter estava com um bom time e tinha tudo para ganhar a Libertadores. Claro que, para mim, será diferente porque eu já joguei aí. É cedo para pensar neste confronto ainda, mas vai ser interessante também voltar a jogar contra um time do Brasil. Vai ser legal.
clicEsportes — Você pretende alertar os companheiros para os perigos de menosprezar os times sul-americanos?
Lúcio — A vitória do Inter sobre o Barcelona já serve de lição. Fica a recordação de que, no Mundial, tudo pode acontecer. Mas sempre é bom conversar sobre isso com os companheiros, já que a gente tem um pouco mais de experiência.
clicEsportes — Você conhece o time atual do Inter?
Lúcio — Não tenho conseguido assistir aos jogos por causa da diferença de fuso horário. Mas acompanho as notícias e conheço alguns jogadores. Já joguei com o Kleber na Seleção, conheço o D'Alessandro de ter jogado contra na Alemanha (o argentino defendeu o Wolsfburg entre 2003 e 2005, enquanto o brasileiro atuou pelo Bayer Leverkusen de 2000 a 2004 e pelo Bayern, de Munique, de 2005 a 2009), e conheço também o Alecsandro, que jogou com meu irmão nas categorias de base do Vitória(Leandro, irmão de Lúcio, não chegou a jogar profissionalmente).
clicEsportes — Você se estabeleceu em Porto Alegre e criou uma relação com o Inter. Ainda mantém contato com o clube?
Lúcio — Às vezes, quando estou em Porto Alegre, vou ao Beira-Rio e cumprimento alguns funcionários que trabalhavam na minha época, mas é pouca gente, porque já faz muito tempo que eu saí.
clicEsportes — Enfrentar o ex-clube pela primeira vez após 10 anos seria comparável à experiência que você teve na final da Liga, contra o Bayern, de Munique?
Lúcio — Contra o Bayern foi bem diferente porque eu saí em uma situação criada pelo clube, que não foi legal (Lúcio foi dispensado após a chegada do técnico Louis Van Gaal). Criou-se uma rivalidade muito intensa. Do Inter eu saí para ir para a Europa, foi bem melhor.
clicEsportes — Como o Mundial de Clubes é visto na Europa?
Lúcio — Não tem comparação com a Champions League. A cobrança é bem menor. Mas o Mundial também é esperado por todo mundo, é capaz de rotular um trabalho que a gente faz desde o começo do ano. Também tem a sua importância.
clicEsportes — E o Inter é conhecido na Europa?
Lúcio — Sim. Eles dão prioridade ao futebol europeu, mas quando se fala em América do Sul, sempre se lembra dos grandes clubes do Brasil, e o Inter é um deles.
clicEsportes — A Inter mudou muito com a saída do técnico José Mourinho e a chegada de Rafa Benítez? Ou o time chegará em Abu Dhabi parecido com o que era na temporada passada?
Lúcio — A base continua a mesma. São quase os mesmos jogadores.
clicEsportes — Como é a relação com Sneijder depois do jogo em que ele marcou os dois gols que eliminaram o Brasil?
Lúcio — Nós conversamos sobre isso. Teve até algumas brincadeiras depois da Copa, mas nada de mais. Existe respeito.
clicEsportes — Em 2008, ainda no Bayern de Munique, você disse que pretende encerrar a carreira no Inter. O plano continua valendo?
Lúcio — Sim, a ideia ainda é essa, mas não sei se vai se cumprir. Pretendo voltar para o Brasil, de preferência para o Inter.
clicEsportes — Daqui a quanto tempo?
Lúcio — Ainda não tenho ideia. É difícil dizer.
clicEsportes — E a Seleção? Você ainda pretende jogar a Copa 2014, aos 36 anos?
Lúcio — Não sei como vai estar a minha condição física. Quatro anos é muito tempo. Depende também da decisão do treinador.
clicEsportes — No amistoso contra os Estados Unidos, vocês estavam voltando de férias. Para a sequência do trabalho, Mano Menezes já comunicou se pretende manter no grupo o pessoal mais experiente que estava na Copa, como você, Juan, Júlio César?
Lúcio — Não, para mim não chegou nada. A gente treina, joga pelos nossos clubes e aguarda a decisão final do treinador. Claro que seria bom permanecer no grupo da Seleção.
clicEsportes — Já te recuperaste da frustração da derrota na Copa do Mundo?
Lúcio — É um capítulo encerrado. Fiz o meu melhor, saí de cabeça erguida, e isso tem ajudado bastante.
Fonte: Clicesportes
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