QUANDO TEVE A IDEIA DE INVENTAR A COR DA PAIXÃO, DEUS INVENTOU O VERMELHO E, COM ESSA COR, PINTOU NOSSOS CORAÇÕES... (da amiga e colorada Rosane)

domingo, 22 de agosto de 2010

A FINAL QUE VOCÊ NÃO VIU

–Vamos ser fortes, corajosos, que a gente pode sair daqui, hoje, CAMPEÃO!
Esse foi o último grito na boca do túnel. Uma voz sem dono. Um grito do grupo, dos jogadores abraçados como se fossem um, unidos rumo ao campo.
Estilo Próprio acompanhou com exclusividade a estrutura montada no estádio para a final: a espera dos roupeiros pelos craques no vestiário, os preparativos para a transmissão, a tensão dos dirigentes, as surpresas para os festejos e os minutos finais de concentração direto do túnel, momentos de intimidade e cumplicidade, de onde vem a ordem:
– Vamos para dentro dos caras.
O árbitro reserva pede para apressar a entrada. O goleiro Renan quer mais tempo. Os jogadores fecham a roda e acertam: “É 90 minutos concentrados, ali”. O resto é a história que se conhece, o Inter virando o jogo e encerrando a noite com o bicampeonato da Copa
Libertadores da América. Festa acompanhada no estádio por mais de 50 mil
pessoas, cujo planejamento se iniciou antes da partida no México contra o Chivas.
– Tem que montar um efeito que, em caso de derrota, seja possível recolher tudo – diz Pedro Affatato, 1ºvice-presidente do Inter, um dos idealizadores da festa.
Ele se refere à faixa de 40m estendida sobre o gramado com a frase “Eu Já Sabia”. Ideia sua. A peça só ficou pronta às 18h, quando secretamente foi entregue no Portão 3 do Beira-Rio. Outro charme arquitetado deu-se no ar, com um inédito show de fogos de artifício chineses. Na conversa com Affatato, em nenhum momento ele usa a palavra “jogo”. Sempre se refere à final como “evento”, “espetáculo”. Curioso para um engenheiro que constrói estradas.
Enquanto o Inter vencia, a equipe de marketing punha-se a postos: espalhou vendedores com camisetas alusivas ao Mundial em Abu Dhabi. Naquele início de madrugada pós-jogo, 8 mil unidades foram vendidas. Uma final também é feita de histórias engraçadas. A mulher de Rafael Sobis, Micheli, assistiu à partida dos camarotes. Só reencontrou o marido em casa e, quando papeavam sobre a noite, surpreendeu o jogador:
– Ah, e aquele louco que tirou o calção para dar para
o Tinga?
– Aquele louco era eu! – disse Sobis.
Via Estilo Próprio- Fernanda Zaffari

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