O portunhol é a língua do Inter na Libertadores da América. O jogo desta quinta-feira, contra o Deportivo Quito, mostra a latinização do time colorado em 2010. Dos 11 titulares para o jogo no Equador, quatro são estrangeiros: o goleiro Pato Abbondanzieri e o volante e capitão Guiñazu, ambos argentinos, mais dois uruguaios, o ala Bruno Silva e o zagueiro Sorondo. O técnico Jorge Fossati também é uruguaio, e o mesmo vale para dois integrantes de sua comissão técnica. No banco, o treinador terá outra opção gringa: o argentino D’Alessandro. A presença de tantos estrangeiros pode trazer benefícios em uma Libertadores. E a “espionagem” à conversa dos rivais é uma delas. - Às vezes, eles (jogadores adversários) falam alguma coisa entre eles e a gente entende. Dentro de campo, percebemos o que eles pretendem e podemos passar aos nossos companheiros - comentou Bruno Silva. Outro ponto importante é a conversa com a arbitragem, sempre de um país de língua espanhola na Libertadores. A comunicação - e uma eventual pressão - fica mais fácil.- Isso ajuda, porque sempre tem um momento para falar com os árbitros. Árbitro é ser humano também. Isso pode ajudar - afirmou Bruno Silva. Os gringos têm boa rodagem em jogos pela América do Sul. Abbondanzieri ganhou três Libertadores pelo Boca Juniors. D’Alessandro tem passagens pela seleção argentina e também circulou pelo continente com o River Plate. Bruno Silva e Sorondo têm experiência na seleção uruguaia. Guiñazu disputou a Libertadores pelo Libertad, do Paraguai. O técnico Jorge Fossati, que comandou a seleção de seu país, também tem experiência sul-americana graças à passagem pela LDU, do Equador. Foi campeão da Sul-Americana e da Recopa. E conhece a fundo todo os adversários do Inter no Grupo 5 da Libertadores: o Cerro por ser uruguaio, o Emelec e o Deportivo Quito por terem sido oponentes diretos dele até o ano passado, quando ainda estava na Liga de Quito.
Fonte: Globoesportes
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