QUANDO TEVE A IDEIA DE INVENTAR A COR DA PAIXÃO, DEUS INVENTOU O VERMELHO E, COM ESSA COR, PINTOU NOSSOS CORAÇÕES... (da amiga e colorada Rosane)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

ARGENTINOS VIVEM MOMENTOS OPOSTOS EM SUAS EQUIPES

A vida dos jogadores argentinos em Porto Alegre tem sido de opostos. Os dois colorados, Guiñazu e D'Alessandro, desfrutam de prestígio, são titulares indiscutíveis e ídolos da torcida. A situação é bem mais desconfortável para os gremistas Herrera e Maxi López, que chegaram nesta temporada para se tornarem soluções ofensivas do time, mas ainda não convenceram e lutam para se firmarem no elenco.
Maxi López quer ter uma maior sequência para conseguir mostrar seu melhor futebol
Herrera voltou ao clube com status de ídolo, mas tem atuado mal e segue como reserva
Quando Maxi López foi apresentado no Olímpico, no dia 16 de fevereiro, afirmou que estava chegando ao Grêmio em um momento especial para argentinos no Brasil. Contratado a peso de ouro, o cabeludo passou um longo período se recuperando fisicamente, e só com a lesão de Alex Mineiro tem sido mais aproveitado. As atuações de Barbie, como também é conhecido, não vinham sendo boas no Campeonato Gaúcho, mas a inspiração foi outra na última terça-feira, quando ele marcou gol e foi um dos melhores em campo na vitória sobre o Aurora (3 a 0), da Bolívia."Para o goleador sempre é importante marcar. Foi meu primeiro jogo na Libertadores, me senti bem fisicamente. Fazer gol é meu trabalho. Na medida que vou tendo sequência, vou melhorar", promete o centroavante, que admite ainda estar devendo. "A torcida sempre me recebeu bem e quero devolver esse carinho. Com muito trabalho, esforço e gols".Se Maxi enfim começa a mostrar qualidade, seu companheiro Herrera vem na curva descendente. Depois de uma passagem pelo clube em 2006, quando conquistou o torcedor com seu futebol aguerrido, o atacante voltou, mas tem rendido muito pouco, ficando cada vez mais para trás na disputa por uma vaga. Contra o Aurora Herrera só entrou em campo porque dois concorrentes (Alex Mineiro e Reinaldo) estavam machucados e Jonas cumpriu suspensão. Até o momento, os argentinos fizeram dois gols cada.
"El Cholo" Guiñazu, capitão colorado, é grande ídolo da torcida e já virou boneco
D'Alessandro está bem identificado com o Inter e ainda não perdeu nenhum Gre-Nal
No Gre-Nal do último domingo, quando pela primeira vez os quatro argentinos estiveram em campo juntos, a vitória do Inter por 2 a 1 foi emblemática na comparação entre os hermanos. Os tricolores renderam pouco e não evitaram o terceiro revés no clássico só neste ano, enquanto a dupla colorada brilhou. Guiñazu foi o melhor em campo, e D'Alessandro entrou no segundo tempo para dar um passe genial para Índio garantir o resultado.Os argentinos do Beira-Rio têm prestígio de sobra. Com a saída de Edinho, vendido para o Lecce-ITA, "El Cholo" Guiñazu assumiu a braçadeira de capitão. O volante incansável conquistou espaço logo nas primeiras partidas com a camisa alvirrubra, em 2007. No ano passado, uma milionária proposta do futebol árabe quase fez o jogador ir embora, mas a transferência só não se confirmou porque a torcida implorou por sua permanência e o convenceu a ficar.A identificação do capitão com o clube é tanta que no final de 2008 ele virou boneco em miniatura, que fez sucesso entre os jovens e teve boas vendas no Natal.D'Alessandro não deixa por menos, e é hoje a referência técnica no plantel do técnico Tite. No Inter desde agosto, o meia também mostrou que tem estrela. Na sua primeira temporada em Porto Alegre, foi um dos personagens da conquista da Copa Sul-Americana, está invicto em Gre-Nais e vem se tornando um pesadelo para o rival Grêmio. Até o momento foram cinco clássicos, com três vitórias e dois empates com direito a dois gol marcados. "Não perdi ainda. Mas passamos a borracha e esperamos continuar assim", comemorou, em referência ao jogo das quartas-de-final do segundo turno estadual.Na ocasião, ele apressou seu retorno ao time, mesmo correndo o risco de sentir de novo a lesão muscular na coxa, e acabou sendo decisivo. "Não queria perder mais um Gre-Nal", salientou. Na final do primeiro turno, ele cumpriu suspensão e não participou da vitória colorada.Além de chamar a atenção pela técnica refinada, o invocado D'Alessandro se destaca por nunca fugir das brigas dentro de campo, sejam elas físicas ou verbais. "Sempre estou na confusão, acontece. Mas teve também contra o Juventude (empate em Caxias, dia 28/3) e eu não joguei, mas aí ninguém fala", brincou. Vinicius Simas, Pelé.Net

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