QUANDO TEVE A IDEIA DE INVENTAR A COR DA PAIXÃO, DEUS INVENTOU O VERMELHO E, COM ESSA COR, PINTOU NOSSOS CORAÇÕES... (da amiga e colorada Rosane)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

ELEIÇÕES À VISTA!



Aos poucos, 2013 começa a tomar conta do Beira-Rio. A busca da Situação pela reunificação do movimento que geriu o clube de 2002 até 2010, a fim de formar um chapão para a eleição presidencial, pode ter uma definição ao final de setembro. As costuras políticas seguem, mas há resistência de parte a parte, da atual direção e dos dissidentes, liderados por Vitorio Piffero - o ex-presidente que se tornou um dos principais críticos à gestão Giovanni Luigi.

Não será surpresa se a Situação lançar Luciano Davi à sucessão de Luigi. O atual vice de futebol será o indicado pela direção, caso o presidente descarte a reeleição. Aos 53 anos, Giovanni Luigi ainda não definiu se concorrerá. Foram duas temporadas de grande desgaste pessoal. E é aqui que está a resistência do grupo dissidente.

Nos bastidores, há o entendimento que a cisão provocada pela eleição de 2010 _ quando Luigi venceu Pedro Affatato, rachando a antiga união política que comandava o clube _ fez com que o presidente ficasse sem uma base forte. A brecha teria permitido a Davi centralizar boa parte das decisões do clube, além de seguir como uma das principais figuras da articulação política da gestão. Luciano Davi (com Roberto Siegmann) foi o mentor da campanha de Luigi na eleição passada. É apontado por antigos aliados como um dos responsáveis pelo racha e pelo afastamento de determinadas pessoas do clube.

– O primeiro passo para a conciliação é a definição do Giovanni Luigi sobre a reeleição. Se o Giovanni não for o candidato, as coisas se complicam – afirmou um conselheiro ligado aos dissidentes.

No momento, somente a reeleição de Luigi ou o retorno de Fernando Carvalho à presidência teria o poder de reunificar a Situação - e Carvalho está costurando o acordo, mas não deseja ser presidente novamente. O clube precisaria se reestruturar, dizem conselheiros ligados à dissidência. A próxima temporada tende a ser mais difícil ainda, devido ao fechamento do Beira-Rio para o final das obras para a Copa do Mundo, contrastando com a inauguração da Arena do Grêmio - e, possivelmente, assistindo ao rival classificado à Libertadores. Por isso, os dissidentes aceitam o acordo com a atual gestão, desde que com a manutenção de Luigi, e não desejam ocupar a presidência no momento.

A leitura da atual direção, porém, é outra. Os argumentos dos dissidentes são rebatidos. Eles insistiriam ver Luigi reeleito porque ele não poderia mais concorrer ao final do segundo mandato. Enquanto Luciano Davi, se eleito, ainda teria direito à reeleição, impedindo que os dissidentes tivessem a chance de assumir o poder.

– Davi está sendo criticado, como o Luís Anápio Gomes (antecessor de Luciano Davi no futebol) também foi. É claro que ser vice de futebol é um estágio para a presidência – argumentou uma fonte ligada à direção.

A gestão assegura contar com o apoio de seis movimentos. As conversas com o União Colorada, de Pedro Affatato e de Ibsen Pinheiro, e com o Ação Independente Colorada, de Mário Sérgio Martins, já começaram na tentativa de conciliação. O Convergência Colorada também foi procurado, mas deverá apresentar candidatura própria a presidência, outra vez com Sandro Farias como candidato. Juntos, esses três movimento somam cerca de cem votos.

– Não quero falar sobre eleição agora, mas o que está em jogo é um projeto para o clube, não um  nome para a presidência. As pessoas precisam entender isso, se não estivermos unidos teremos dois anos muito duros – declarou Giovanni Luigi.

Luciano Davi assegura que Luigi é o seu candidato à reeleição e teme que a união esteja em risco:

– Giovanni é consenso. Não estamos preocupados com um nome agora. Em nenhum momento me apresentei como candidato. Mas, se a preocupação é essa, como faremos uma coalisão?  

O Conselho Deliberativo do Inter é composto por 346 integrantes. A votação em primeiro turno está marcada para 8 de novembro. Os dois candidatos com maior número de votos avançam ao segundo turno, em 15 de dezembro, para a eleição entre os associados. Tendo Fernando Carvalho a seu lado, a gestão não precisaria desses votos para vencer no Conselho e, possivelmente, entre os sócios. Mas a busca pela conciliação parece surgir como uma questão de sobrevivência no Beira-Rio.      


Como funciona a eleição no Inter

- O Conselho Deliberativo tem 346 integrantes.
- Todos votam no primeiro turno, em 8 de novembro.
- Em caso de três ou mais candidatos, os dois mais votados avançam ao segundo turno, no dia 15 de dezembro.
- No segundo turno, os associados votam.
- Porém, se a apenas dois candidatos concorrerem, a eleição pode encerrar-se no primeiro turno, caso um deles obtenha mais da metade dos votos do Conselho Deliberativo.
- Neste ano, os sócios também poderão votar através da Internet. 


ZEROHORA

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