QUANDO TEVE A IDEIA DE INVENTAR A COR DA PAIXÃO, DEUS INVENTOU O VERMELHO E, COM ESSA COR, PINTOU NOSSOS CORAÇÕES... (da amiga e colorada Rosane)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

D'ALESSANDRO DIZ QUE TREINADOR É O ÚNICO QUE PODE CRITICAR PUBLICAMENTE



O que é dito no vestiário, fica no vestiário. Esta foi a ideia repetida como um mantra por D'Alessandro em uma entrevista de cerca de 30 minutos, marcada pela repercussão das fortes cobranças públicas feitas por Fernandão ao grupo de jogadores. O argentino foi escolhido pelo clube para falar depois do treinamento da terça-feira, ao final de uma manhã que teve reunião de mais de duas horas de duração entre os atletas e a comissão técnica.

O meia recusou-se a revelar o teor do encontro e concordou com algumas partes da coletiva de Fernandão. Disse, inclusive, que o primeiro tempo do empate com o Sport foi vergonhoso. Sobre seu relacionamento com o comandante, garantiu que não está abalado e lembrou que o treinador, ao contrário dos jogadores, tem direito de fazer cobranças públicas. Por outro lado, afirmou que não viu como um recado direcionado a ele as declarações do treinador de que o Inter está em uma "zona de conforto".

Confira as principais frases de D'Alessandro na entrevista coletiva:

"Ele é o treinador, pode falar o que quiser. Nosso primeiro tempo foi vergonhoso, concordo com ele. A gente sabe que está devendo. Para nós mesmos, para o clube, para a torcida. Graças a Deus que a gente empatou. Poderíamos ter tomado três, quatro no primeiro tempo."

"Não estou aqui para julgar a atitude do Fernandão. Temos de tirar alguma coisa de positivo disso. O treinador vai tirar quem não assumir (a responsabilidade). Eu sempre assumi. Antes até de ter a faixa (de capitão). Temos de reagir."

"Estou preparado para sair se for necessário. Ninguém joga pelo nome. Ninguém joga pelo título que conquistou. Se sair, tem de trabalhar para retornar ao time."

"Cobrança tem de ficar dentro do vestiário. O único que pode fazer crítica fora dele é o treinador. Como aconteceu."

"Não assumi este recado para mim (de estar na zona de conforto). Nunca recebi isso como uma crítica direta a mim. Zona de conforto, para mim, é receber e não jogar. Ficar na maca. Isso foge da minha característica. Posso falar por mim: eu não me sinto na zona de conforto."

"Sou mais uma parte do grupo. Sou mais um. O que ele (Fernandão) decidir, o grupo terá de aceitar. Pode não concordar, mas terá de aceitar."

"Não ouvi D'Alessandro na coletiva. Ele tem uma forma de ser e um caráter que todos conhecem. Se ele tomar uma decisão, será o melhor para o grupo. E a gente vai ter de aceitar."

"Grupo que não tem cobrança não vai a lugar algum. Por isso esse grupo ganhou tudo nos últimos anos. No papel, ninguém ganha".

"Não é a primeira vez que a gente se fecha no vestiário. O grupo tinha de falar. A gente tinha de saber o que estamos devendo. E estamos devendo muito".

"Era o momento de falar. Ele falou o que ele acha que é certo (sobre ser inimigo dos jogadores). Se tiver de deixar a amizade de lado, vai deixar. Ele é ídolo do clube. Pode colocar e tirar quem ele quiser".

"Vivi uma situação aqui com o Tite há quatro anos. Naquele momento não fui para o banco porque não achava bom ir para o banco. Não sou estrelinha, ouvi que ele vai tirar os medalhões. Eu não sou estrelinha. Nunca fui estrela em lugar nenhum, nem no River (Plate) me tratavam assim. Se tiver de ir para o banco, vou respeitar."

"Tenho a consciência tranquila de que sempre dei meu melhor. O que mais chegou aqui esses anos todos foram meias. E ninguém conseguiu me tirar (do time). Se tiver de sair, eu saio. Nunca joguei pelo nome. Nunca ganhei nada de graça. Me esforcei muito na minha carreira para ganhar tudo o que eu ganhei."

"Bolívar é um cara que sempre se esforçou pelo grupo. É um cara que me ajudou muito aqui no Inter. Ele continua ajudando o grupo, do lugar dele. A gente tem de continuar se apoiando neste cara. Eu vou continuar me apoiando neste. Tem  gente que pode achar qualquer coisa do Bolívar, mas eu vou me apoiar nele. É uma referência aqui no clube e vou continuar me apoiando nele. Ele não estar no banco é decisão dele. Só ele, o Fernandão e a diretoria sabem sobre o Bolívar."

"Minha relação com o Fernandão vai continuar a mesma. Posso concordar com ele ou não. Ele é o treinador. A gente não concordava com ele também quando ele era diretor. Somos pessoas, vamos discordar, mas nunca vai ter problema. Nem todo mundo pensa igual. As pessoas agem e pensam diferente."

ZEROHORA

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