QUANDO TEVE A IDEIA DE INVENTAR A COR DA PAIXÃO, DEUS INVENTOU O VERMELHO E, COM ESSA COR, PINTOU NOSSOS CORAÇÕES... (da amiga e colorada Rosane)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

PEÑAROL 1 X DAMIÃO 1

Faltou mais inspiração para Peñarol e Inter. A sorte colorada é que Leandro Damião estava presente. Depois de sair perdendo no primeiro tempo para o Peñarol, o Inter encontrou o empate com o centroavante na etapa final. Sem lambreta como no domingo, é verdade, mas com um belo chute de fora da área. De um jogo apático de ambos os lados na noite desta quinta-feira no Centenário, fica o saldo positivo do 1 a 1: com o gol fora de casa, o time de Falcão pode empatar sem gols no Beira-Rio para avançar às quartas de final da Libertadores. O jogo da volta acontece na próxima quarta-feira, às 19h30min. 

Esquemas semelhantes, objetivos em comum, Peñarol e Inter se diferenciaram pela qualidade técnica. Nesse quesito, o time de Falcão mostrou superioridade. Antes, porém, teve que passar por minutos de turbulência. Empurrados por 60 mil torcedores, os uruguaios assustaram no começo da partida. Aos dois minutos, o cruzamento deu na coxa de Nei, quase traindo Renan. No lance seguinte, outro susto: Guiñazu perdeu o lance e, na sequência, Bolívar furou na grande área. Seria assim durante todos os 90 minutos: um sistema defensivo instável, como se fosse estreante em Libertadores.
O sufoco terminou logo na primeira vez em que o Inter rompeu a fronteira do meio-campo, aos oito minutos. Em boa troca de passes, Damião e Andrezinho descolaram falta em frente à área. Especialista no fundamento, Andrezinho carimbou a barreira. A partir daí, o Inter passou a jogar com mais naturalidade no Centenário. O que não significa liberdade. Obedientes, os defensores do Peñarol não permitiram brechas aos brasileiros.


Com isso, muita posse de bola e pouco resultado. Apenas um chute em direção ao gol, com Leandro Damião. Menos inspirado, o Peñarol acabou levando perigo na bola parada. O antes criticado Renan começou a cavar espaço entre os 11 ao defender chute à queima-roupa, na pequena área. Martinuccio fechou os olhos, encheu o pé e o goleiro colorado abafou, corajoso. Veloz, o Inter engatou o contragolpé após o milagre de Renan. Damião entraria cara a cara com Sosa, mas foi atropelado por Valdez, que só levou cartão amarelo.



Um jogo movimentado até os 19 minutos ingressou num intervalo de marasmo absoluto, só interrompido com um fortuito gol do Peñarol. Aos 37 minutos, Nei, atraído por Mier, abriu um vão para Martinuccio disparar pela ponta esquerda. O cruzamento encontrou a perna esquerda.
Com Oscar no lugar de Sobis, o segundo tempo colorado começou promissor. Mas o Inter esbarrou num velho problema: domínio do jogo com pouca finalização. Coube a ele, claro, distorcer essa história.


Aos 19 minutos, Leandro Damião recolheu a bola sem companhia na intermediária. Acossado por dois zagueiros, arriscou o chute. A bola desviou e encobriu Sosa. Tinha que ser o camisa 9, o único jogador colorado a acertar o arco até então na partida. Predestinado, Damião alcançou seu 18º gol na temporada, o quarto na Libertadores. Se no domingo diante do Juventude, foi o dia da lambreta, a noite de quinta não permitia recursos engenhosos. Mesmo assim, Damião encontrou as redes, para variar. A comemoração também mudou: nem bigode, nem lambreta. O artilheiro fingiu empinar uma pipa.
Aclamado como o "Rei da América" pela imprensa uruguaia, D'Alessandro foi muito bem marcado. Só o argentino sofreu nove faltas dos defensores uruguaios. Enquanto isso, o seu compatriota, Bolatti, jogava solto, e muito, no meio-campo. Depois do gol de Damião, pouco importava a criação de jogadas, na verdade. Satisfeito com o empate com gol fora de casa, o Inter tratou de administrar até o fim da partida. Agora, na próxima quarta-feira, Damião até pode tirar uma folga de sua abençoada rotina de gols.





Basta a zaga colaborar que a vaga às quartas de final da Libertadores será colorada.


PEÑAROL
Sebastián Sosa, Alejandro González, Carlos Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Matías Corujo, Nicolás Freitas, Luis Aguiar e Matías Mier (Estoyanoff); Antonio Pacheco (Alonso) e Alejandro Martinuccio. Técnico: Diego Aguirre

INTER
Renan, Nei, Bolívar, Rodrigo e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Andrezinho (Tinga) e D'Alessandro; Rafael Sobis (Oscar) e Leandro Damião. Técnico: Falcão

Estádio: Centenário, em Montevidéu.
Data: 28/04/2011
Árbitro: Carlos Torres (Paraguai), auxiliado por Rodney Aquino e Santiago Cáceres.
Gols: Corujo, aos 36 minutos do primeiro tempo; Leandro Damião, aos 19 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Valdez, Freitas, Darío Rodríguez, Martinuccio (Peñarol); Tinga (Inter).
Via Clicesportes

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