Mais uma terça de tantas no Beira Rio... Abri a sala do Espaço da Mulher Colorada ali pelas 13h45min. O Gigantinho todo se prepara para o grande show de Roberto Carlos. Nossa! Me perdi até na entrada, pois aquilo tudo virou um grande labirinto e eu parecendo o Teseu sem novelo de lã é claro! Nem minotauros... Mas o mundo que circula pelo estádio é imenso, há vida dentro e fora do gramado. Pessoas que circulam em grupos ou sozinhas, ônibus de excursões, empresários, meninos da base, jogadores famosos e aqueles que ainda sonham com a fama... enfim! Coisas que você nem imagina! Como a passagem de som estava ensurdecedora que chegava a fazer tremer os vidros, resolvi me dirigir um pouco mais cedo para o treino. Muita gente aglomerada no alambrado para ver os atletas que corriam de um lado para outro, mas, por incrível que pareça, não era D’alessandro o mais requisitado, nem Taison, muito menos Giuliano. Sabe quem chamava a atenção? CLEMER! Isso mesmo! Era ele que fazia até os marmanjos se empuleirar em cima dos bancos com seus bloquinhos e canetas e máquinas digitais a fim de conseguir uma foto e autógrafos. Fiquei olhando de muito perto todo aquele êxtase que o velho Clemer provocava e fiquei pensando como ele do alto dos seus 41 anos deve sentir-se feliz e realizado por encerrar sua carreira num Clube como o Internacional. Sim, pois qual C lube ou time do Brasil tem um goleiro de 41 anos? Ainda atuando e pronto pro que der e vier? Conseguiu responder? Não, né? Porque não tem. Só nós temos! O Clemer! E o que mais me impressionou foi a simpatia, a boa vontade dele em se aproximar, distribuir autógrafos, conversar com o torcedor, sorrir, sempre elegante e solícito. Bacana! Enquanto muitos atletas se escondem da torcida, fazem caras e bocas, Clemer dá uma lição de humildade. E a torcida uma lição de como devemos reconhecer àqueles que contribuíram para fazer do Inter um CAMPEÃO DE TUDO!!!!
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